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About Caso Unisa: ‘Se as instituições não repudiarem, temos o pior dos mundos’, diz Marlise Matos, da UFMG
Caso Unisa: ‘Se as instituições não repudiarem, temos o pior dos mundos’, diz Marlise Matos, da UFMG is a Entrevista song with a duration of 26 minutes and 55 seconds.
Originally released on 9/20/2023, this song
produced by
Rádio UFMG Educativa
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Description
Nesta quarta-feira, 20 de setembro, a professora do Departamento de Ciência Política da UFMG e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NEPEM), Marlise Mattos, conversou com a apresentadora Luiza Glória, no programa Conexões, diretamente dos estúdios da UFMG Educativa.
A professora expressou completo repúdio ao que classificou como episódio explícito de misoginia dos estudantes de Medicina da Unisa, afirmando que é preciso agir contra comportamentos deletérios como esses. Ela analisou que há uma autorização social para essa ação, que não é isolada, e destacou o potencial das redes para a exposição do caso, que, na opinião da pesquisadora, ficaria escamoteado se não houvesse vídeo, como já deve ter ocorrido outras vezes e continuaria acontecendo em situações como essa. A professora Marlise chamou a atenção para o fato de alguns rapazes na imagem estarem com a pele pintada de preto, o que agrava a situação, e que a violação registrada é, não só das mulheres que estavam na quadra, mas de todas as mulheres.
Outro ponto enfatizado pela entrevistada foi que já passou da hora de atos como esses deixarem de ser aceitos e normalizados, eles precisam ser combatidos e criminalizados. Ela frisou que essa é a única maneira de transformação e que é necessário que o debate sobre gênero, violência e preconceito seja feito nas escolas de educação básica, para que a conscientização seja desde cedo. Hoje, conforme reitera, as professoras estão com medo de fazer esse debate por pressões de pais e escolas e medidas de intimidação, como notificações extrajudiciais. A convidada ainda ressaltou o papel das instituições (universidades, órgãos de governo, entidades de classe, etc.) em repudiar e punir casos desse tipo e todas as formas de violação, incluindo nos chamados trotes, além de apontar a lentidão da Universidade Santo Amaro para agir contra os estudantes envolvidos no caso da masturbação coletiva, afirmando que essa omissão funciona como um apoio às práticas.
